segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pecados Mortais da Dissertação

PECADO 1Provérbios, frases feitas, ditos populares

         LUGAR-COMUM – As frases feitas, os provérbios, os ditos que estão na boca de todo mundo empobrecem a redação, fazem parecer que o autor não tem criatividade. Veja expressões que você deve evitar.

a) PRIMEIRO PARÁGRAFO – Para iniciar a dissertação (primeira linha do primeiro parágrafo), não use:

1. Atualmente...
2. Antigamente...
3. Hoje em dia...
4. Nos dias de hoje...
5. No mundo de hoje...

OBSERVAÇÃO: Algumas das expressões acima podem ser usadas no corpo dos parágrafos sem que isso implique lugar-comum.

b) ÚLTIMO PARÁGRAFO – Para iniciar o último parágrafo da dissertação, não use:

1. Finalizando o meu trabalho...
2. Concluindo...
3. Resumindo tudo o que eu disse antes...
4. Em síntese...

c) EM QUALQUER PARTE – De modo geral, não use:

1. Como já dizia meu avô...
2. A esperança é a última que morre...
3. Quem avisa amigo é...
4. Quem espera sempre alcança...
5. Deus dá o frio conforme o cobertor...
6. Quem trabalha Deus ajuda...
7. Deus ajuda quem cedo madruga...
8. Dar a volta por cima...
9. Agradar a gregos e troianos...
10. Chegar a um denominador comum...
11. Colocando um ponto final...
12. De mão beijada...
13. De vento em popa...
14. Depois de um longo e tenebroso inverno...
15. Do Oiapoque ao Chuí...
16. Ensaiar os primeiros passos...
17. Faca de dois gumes...
18. Fazer das tripas coração...
19. Passar em brancas nuvens...
20. Pôr a casa em ordem...
21. Pôr as barbas de molho...
22. Pôr a mão na massa...
23. Procurar chifre em cabeça de cavalo...
24. Tábua de salvação...
25. Tirar o cavalo da chuva...

OBSERVAÇÃO – Algumas das expressões acima podem ser empregadas coerentemente, desde que predomine a criatividade. Às vezes, os lugares-comuns denotam ironia. Nesse caso, ao invés de depreciar, valorizam o texto em que se inserem.

PECADO 2 Incluir-se na dissertação
 
INDECISÃO – Dissertar é emitir sua visão (crítica, de preferência) sobre um assunto proposto. É analisar de modo impessoal e com total objetividade. Mas o que fazer diante de temas subjetivos ou pessoais? Não se pode condenar o emprego do “eu” ou do “nós” em dissertações bem-estruturadas. O que acontece, às vezes, é o uso de tais pronomes sem argumentação que os justifique. Ao invés de mostrar firmeza e segurança, o aluno passa ao examinador a idéia de indecisão e de fraqueza.

EXPRESSÕES PESSOAIS – Outro aspecto negativo é a mistura de problemas pessoais ou particulares com a problemática sobre a qual se está dissertando. Aconselha-se, pois, que o candidato evite o uso das expressões seguintes. Se forem empregadas, entretanto, de forma adequada, no momento certo, podem estar certas e ser valorizadas pelo examinador.

1. Na minha opinião...
2. No meu entender...
3. Ao meu ver...
4. No meu ponto de vista...
5. Eu vejo por mim mesmo...
6. Como já aconteceu comigo...
7. Isto é o que eu penso...
8. Conforme a minha visão do mundo...
9. Na minha concepção do mundo...
10. Eu acho...
11. Eu imagino que...
12. Eu penso que...
13. Eu concluo que...
14. Cheguei à conclusão de que...

SOLUÇÃO – Deve-se adotar na dissertação uma atitude crítica, dizendo verdades universais, aplicáveis a todos. A questão pessoal soa como depoimento, e dissertar exige mais que isso: tem-se que argumentar, sustentando ideias que convençam.

            PECADO 3 – Misturar dissertação com religião

         ARGUMENTAÇÃO – A dissertação é baseada sempre na argumentação cuja base é a lógica. Misturá-la com questões de fé é inconcebível, pois os dogmas religiosos, os preceitos e as crendices independem de provas ou de evidências constatáveis.

Veja algumas construções que denotam fanatismo e exagero por parte de quem as usa:

         1. A solução para a violência urbana está em Jesus Cristo, nosso salvador.
        2. Frequentar a igreja regularmente e confessar-se uma vez por semana: é o conselho que dou para quem está passando por conflitos familiares.
       3. O conflito pela terra só acontece no Brasil por falta de leitura da Bíblia. Tanto o Velho quanto o Novo Testamento trazem ensinamentos que, se aplicados ao campo brasileiro, resolveriam o problema da Reforma Agrária.
       4. Se todos seguissem este ensinamento simples de Jesus, "ama o próximo como a ti mesmo", não haveria menores abandonados. Antes de cultura e de educação, o povo brasileiro precisa mistificar-se, aceitar Jesus como salvador universal. Aí, sim, todos os problemas de injustiças sociais serão resolvidos.

         SOLUÇÃO – Não se deve valer, em nenhuma hipótese, de crendices ou dogmas para compor dissertações. Os aspectos místicos ou esotéricos não combinam com visão crítica.

PECADO 4 Emoções exageradas

Veja algumas construções que depreciam a dissertação:

     1. Os autores do último pacote econômico deveriam ser exterminados, um a um, pelo mal que fizeram à economia do Brasil.
        2. Pessoas como essas, que estupram e matam, devem arder para sempre no fogo do inferno.
        3. Morte aos monstros que assaltam e roubam em nome do progresso...
        4. Esses criminosos amaldiçoados devem apodrecer na cadeia por séculos sem fim...
        5. A morte é castigo muito pequeno para quem estupra e mata...
        6. Criminosos assim não merecem a pena de morte. Merecem uma doença incurável, que provoque o apodrecimento lento do corpo e da alma...
       7. Pessoas assim não devem morrer. Devem ficar presas para sempre, mesmo depois de mortas, para que suas almas não cometam crimes por aí.
       8. Os políticos brasileiros, eleitos pelo povo, não diferem muito dos bandidos que ocupam vagas nas penitenciárias. Só que estes não tinham autorização para roubar; aqueles têm o aval da população.
         9. O abuso sexual de crianças deve ser punido com a morte. Não a morte pura e simples, por meio de choque elétrico ou de injeção letal. Os pedófilos devem, antes de morrer, passar pelo estupro, para que sintam a mesma dor que provocaram em suas vítimas.

            A ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO CONSTITUI-SE DE:

      1. Introdução - deve conter a ideia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois parágrafos.) É a abertura do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida.

          2. Desenvolvimento - exposição de elementos que vão fundamentar a ideia principal que pode vir especificada através da argumentação, de pormenores , da ilustração, da causa e da consequência, das definições, dos dados estatísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da idéia. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas acima.

          3. Conclusão - é a retomada da ideia principal, que agora deve aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação. (um parágrafo) .Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada no desenvolvimento.


           Exemplo de um TEXTO DISSERTATIVO

           A posição social da mulher de hoje

          Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.

      Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços.

     Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial.

          Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquista da real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo.

          EMOÇÕES PESSOAIS – Às vezes, o tema que se está explorando na dissertação engloba problemas e/ou situações pelos quais o escrevente já passou (ou está passando). Nesse caso, devem-se evitar as emoções pessoais. Elas denotam revolta, e o registro no papel pende para o exagero.

sábado, 29 de maio de 2010

A Decadência da Música Brasileira
Gráficos Demonstrativo de Rendimento e Movimento Escolar - Santa

Para Comunicarte en Clase

                        Lee las siguintes frases:

           
               - ¿Puede repetir, por favor?

               - ¿Como se dice “livro” en español?

               - ¿Como se escribe?

               - İHable más alto, por favor!

               - İNo entiendo!

               - Permiso! Necesito ir al baño.

               - İEspere un momento, por favor!

               - İHable más despacio, por favor!

               - ¿Puede deletrear la palabra, por favor?

               - ¿Qué quiere decir “bolígrafo”?


                          1. De palabra en palabra

               Subraja en el texto las palabras que no comprendes, búscalas en el diccionario o in-tenta inferir el significado y anótalas en tu cuaderno.
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                          2. A buen entendedor...

                De acuerdo con el texto anterior, anota si es falso (F) o verdadero (V):

a. ( ) Alberto está encantado con la idea de ir al Museo del Prado.

b. ( ) En el Museo del Prado se camina bastante.

c. ( ) Isabela está perdida porque no encuentra a sus compañeros.

d. ( ) Rodrigo no observa el cuadro porque está encantado con Isabela.

e. ( ) Rodrigo conversa serenamente con Isabela.

f. ( ) Isabela espera a sus compañeros en la sala del museo.


                          3. De boca en boca

                En parejas, haz de preguntas sobre el texto a tu compañero. Él tendrá que contes-tarlas y luego te hará otras dos que tu deberás responder.


Una Clase Distinta

                Profesora: Chicos, hoy vamos al Museo del Prado. Como se sabe, es uno de los más importantes del mundo, y está aquí, en la ciudad de Madrid.

                Alberto: İAl museo! İLleno de cosas viejas! Que lata!

                Rodrigo: Por lo menos no estamos aquí sentados y aburridos ...

                (...)

                Profesora: İAquí estamos! İEl Museo del Prado es enorme. Debemos formar fila para entrar. Está dividido en salas, por pintores, por estilos. Aquí es la entrada. La visita dura unas dos horas.

                Guillermo: ¿Esto es un museo o un maratón?

                Profesora: Atención. Éstos son cuadros de Francisco de Goya, un pintor español del siglo XVIII, famoso por la Maja desnuda.

                Guillermo: ¿Desnuda? ¿Dónde Está?

                Rodrigo: Cállate que no sabes nada de arte...

                Profesora: Ésta es la sala de Diego Velázquez, pintor español del siglo XVII. Éste es el fomoso cuadro Las meninas.

                Rodrigo: ¿Cuadro? ¿Qué cuadro? La menina, sí. Preciosa!, y está en carne y hueso aquí a mi lado... increíble!

                Isabela: İHola! İMe llamo Isabela. Estoy perdida, no sé dónde están mis compañeros.

                Rodrigo: Yo me llamo Rodrigo, Estoy, eeh, estamos viendo el cuadro ... ¿Estás perdida? İQue suerte!... İdigo qué pena! Es mejor llamar a la profesora.

                (...)

                Profesora: ¿Como te llamas? ¿Dónde estudias? ¿Como se llama tu profesora? (...) Bien. No te preocupes que vamos a encontrar a tu grupo. Avisoremos por micrófono.

                (...)

                Locutor: Atención! Isabela Aguirre, del colegio San Cayetano, se perdió de sus compañeros y los espera en la puerta de salida del museo.

                Profesora: Adiós , Isabela, Espera aquí que enseguida llega tu grupo.

                Isabela: Adiós, muchas gracias.

extaído do livro Espanõl Ahora
Manual da Nova Ortografia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sintaxe

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 S I N T A X E

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É a parte da gramática que estuda a colocação das palavras na oração e as orações propriamente ditas. A oração possui os termos: essenciais, integrantes, acessórios; existe também, o vocativo uma categoria à parte.

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 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

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São termos essenciais da oração o SUJEITO e o PREDICADO.

1. Sujeito - é o ser sobre o qual se faz uma declaração.
2. Predicado - é tudo aquilo que se declara do SUJEITO.

Assim, na oração: O galo velho olhou de novo o céu. Temos:

SUJEITO: O galo velho.
PREDICADO: olhou de novo o céu.

1. TIPOS DE SUJEITO:

 

1.1. Sujeito Simples

Quando o sujeito tem apenas um núcleo, isto é, quando o verbo se refere a um só substantivo, a um só pronome, a um só numeral, a uma só palavra substantivada ou a uma só oração substantiva.

a) Os meninos são fortes.

 

1.2. Sujeito Composto

Quando o sujeito que tem mais de um núcleo, ou seja, o sujeito constituído de:

 

a) Mais de um substantivo: Vozes, risos e palmas vieram lá de baixo.

b) Mais de um pronome: E assim galgamos ele e eu o rochedo.

c) Mais de uma palavra ou expressão substantivada: Falam por mim os abandonados de justiça, os simples de coração.

d) Mais de um numeral: Passavam devagar, em fila, seis ou sete.

e) Mais de uma oração: Era melhor esquecer o nó / e pensar numa cama igual à de seu Tomás da bolandeira.

 

1.3. Sujeito Oculto (Elíptico)

É aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado:


a) Pela desinência verbal: Gosto de chuva, Pedro.

O sujeito de (Gosto), indicado pela desinência -o, é o pronome eu.

 

1.4. Sujeito Indeterminado

Quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação, ou por não haver interesse no seu conhecimento.


Nestes casos, põe-se o verbo:

a) Ou na 3ª pessoa do plural: Anunciaram que você morreu.

b) Ou na 3ª pessoa do singular, com o pronome se: Não se falava dele no Ateneu.

 

1.5. Oração Sem Sujeito (Inexistente)

Interessa-nos o processo verbal em si, pois não o atribuímos a nenhum ser. Diz-se, então, que o verbo é IMPESSOAL; e o SUJEITO INEXISTENTE ocorre quando os verbos ou expressões denotam fenômenos da natureza.

Principais casos de oração sem sujeito:


a) Com o verbo haver na acepção de "existir":

Há flores, vidros, luz e sombra na casa das seis mulheres.


b) Com os verbos haver, fazer e ir, quando indicam tempo decorrido:

Já estou aqui há dois dias.


c) Com o verbo ser, na indicação de tempo em geral:

Era inverno na certa no alto sertão.


d) Com o verbo indicando fenômenos da natureza:

De noite choveu muito.

- é aquele que na voz passiva, se liga a um verbo, através de preposição, e desempenha o papel de executor da ação. É tudo aquilo que se declara do sujeito, podendo ser: NOMINAL, VERBAL ou VERBO-NOMINAL.

 

2. TIPOS DE PREDICADO:

 

É aquele cujo núcleo está contido no nome e não no verbo que, neste caso, será sempre formado por: VERBO DE LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO SUJEITO.

 

2.1. Predicado Nominal


O Verbo de Ligação

Servem para estabelecer a união entre duas palavras ou expressões de caráter nominal. Não trazem propriamente ideia nova ao sujeito; funcionam apenas como elo entre o sujeito e o seu predicativo.

Os verbos de ligação podem expressar:

 

a)    Estado permanente:

O fato é vulgaríssimo.

 

b)   Estado transitório:

Os caboclos estavam desconfiados.

 

c)    Mudança de estado:

Fiquei sensibilizadíssimo.

 

d)   Continuidade de estado:

O rapaz continua indeciso.

 

e)    Aparência de estado:

Os olhos pareciam uma posta de sangue.

 

Predicativo do Sujeito

É o núcleo do PREDICADO NOMINAL, ou seja, é o termo que caracteriza o sujeito, sucede ao verbo de ligação.

Pode ser representado por:

 

a) Substantivo ou expressão substantivada:

Eras marido e filho?

 

b) Adjetivo ou locução adjetiva:

Ele ficou pasmo, sem palavras.

 

c) Pronome:

Nunca fora nada na vida...

 

d) Numeral:

Duas são as representações elementares do agradável realizado.

 

e) Oração:

O pior é que parti os óculos.

 

2.2. Predicado Verbal

O verbo comunica uma ação do sujeito. Esta ação pode ser expressa por um verbo transitivo ou intransitivo.

Tem como núcleo, isto é, como elemento principal da declaração que se faz do sujeito, um VERBO SIGNIFICATIVO.

VERBOS SIGNIFICATIVOS são aqueles que trazem uma ideia nova ao sujeito.

          Exemplo:

 

a)                 Sua sem-vergonheira mata a moléstia a pau.


Observação: Como há verbos que se empregam ora como de ligação, ora como significativos (ação), convém atentar sempre no valor que apresentam em determinado texto para classificá-los com acerto. Comparem-se, por exemplo, as frases:


- Estavas pensativa. (verbos de ligação)

- Andei muito feliz. (verbos de ligação)

- Fiquei assustado. (verbos de ligação)

- Continuamos alegres. (verbos de ligação)

- Estavas no colégio. (significativos)

- Andei dez quilômetros. (significativos)

- Fiquei em casa. (significativos)

- Continuamos o passeio. (significativos)

 

Verbos Transitivos

A ação do sujeito passa para um objeto.

Nestas orações:

 

- Não tenho dinheiro.

- O Senhor te abençoe.

 

Vemos que as formas verbais tenho e abençoe, exigem uma palavra para completar-lhes o significado. Como o processo verbal não está integralmente contido nelas, mas se transmite a outro elemento (o substantivo dinheiro e o pronome te), estes verbos se chamam TRANSITIVOS.

Os VERBOS TRANSITIVOS podem ser:


DIRETOS.

INDIRETOS.

DIRETOS e INDIRETOS ao mesmo tempo.


 

Verbo Transitivo Direto

É o termo da oração que refere ao verbo sem preposição e recebe o nome de OBJETO DIRETO.

Pode ocorrer nos casos de:

 

a)      Substantivo: Passageiros e motoristas atiram moedas.

b)      Pronome (substantivo): Os jornais nada publicaram.

c)      Numeral: A moça da repartição ganha 450.

d)     Palavra substantivada: Tem um quê de inexplicável.

 

- Abrirei o portão.

- Verei meu filho?

 

A ação expressa por abrirei e verei se transmite a outros elementos (o portão e meu filho) diretamente, ou seja, sem o auxílio de preposição. São, por isso, chamados TRANSITIVOS DIRETOS.

 

Verbo Transitivo Indireto

É o termo da oração que completa o sentido do verbo com auxilio da preposição e denomina-se OBJETO INDIRETO.

Nestas orações:

 

- A população da Vila assistia ao embarque.

- Um poeta, na noite morta, não necessita de sono.

 

A ação expressa por assistia e necessita transita para outros elementos da oração (o embarque e sono) indiretamente, isto é, por meio das preposições ao e de. Tais verbos são, por conseguinte, TRANSITIVOS INDIRETOS.

 

Verbo Transitivo Direto e Indireto (Bitransitivo)

Pede OBJETO DIRETO e INDIRETO ao mesmo tempo e na mesma oração completando o sentido do verbo transitivo.

Nestes exemplos:

- Capitu preferia tudo ao seminário.

- Não lhe arranquei mais nada.

 

A ação expressa por preferia e arranquei transita para outros elementos da oração, há um tempo, direta e indiretamente. Por outras palavras: estes verbos requerem simultaneamente OBJETO DIRETO e OBJETO INDIRETO para completar-lhes o sentido.

 

Verbo Intransitivo

Possui sentido completo, não precisa, portanto, de objetos, pois a ação do sujeito não passa para um objeto.

Nestes exemplos:

 

- Cedo, a noite caía.

- Fabiano está preso a um pedaço de terra.

 

Verificamos que a ação está integralmente contida na forma verbal caía. Tal verbo é, pois, INTRANSITIVO, ou seja, NÃO TRANSITIVO: a ação não vai além do verbo.

Na segunda frase encontramos que a ação está contida na forma verbal preso, e a parte que está em negrito representa o complemento nominal da frase, não alterando, portanto, sua intransitividade.

 

Predicado Verbo-Nominal

Não apenas os verbos de ligação se constroem com predicativo do sujeito. Também verbos significativos (ação) podem ser empregados com ele.

Nestes exemplos:

 

- As fisionomias respiram aliviadas...

 

O verbo respirar é significativo, e aliviadas refere-se a fisionomias, de que é uma qualificação. A este predicado misto, que possui dois núcleos significativos (um verbo e um predicativo), dá-se o nome de VERBO-NOMINAL.

 

Variabilidade de Predicação Verbal

A análise da transitividade verbal é feita de acordo com o texto e não isoladamente. O mesmo verbo pode estar empregado ora intransitivamente, ora transitivamente; ora com objeto direto, ora com objeto indireto. Comparem-se estes exemplos:

 

- Perdoai sempre [= INTRANSITIVO].

- Perdoai as ofensas [=TRANSITIVO DIRETO].

- Perdoai aos inimigos [= TRANSITIVO INDIRETO].

- Perdoai as ofensas aos inimigos [= TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO].

 

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TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

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São termos integrantes da oração o COMPLEMENTO VERBAL, COMPLEMENTO NOMINAL e AGENTE DA PASSIVA.

 

1. Complemento Verbal - é aquele que completa o sentido de um verbo transitivo, podendo ser: Transitivo Direto ou Transitivo Indireto.

2. Complemento Nominal - se liga ao nome para indicar o destino de uma ação.

3. Agente da Passiva - é aquele que na voz passiva, se liga a um verbo, através de preposição, e desempenha o papel de executor da ação.

 

1. Complemento Verbal:

São Complementos Verbais:

a)      O Objeto Direto.

b)      O Objeto Indireto.

 

1.1.  Objeto Direto

É o complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente vem ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal.
Para se localizar um objeto direto na oração, faz-se as seguintes perguntas após o verbo:

Observe este exemplo:

 

- Passageiros e motoristas atiram moedas.

- quem?

- o quê?

- Passageiros e motoristas atiram o quê?

 

Resposta: moedas.

 

1.2.       Objeto Indireto

É o complemento de um verbo transitivo indireto, isto é, o complemento que se liga ao verbo por meio de preposição.

Para se localizar um objeto indireto na oração, faz-se as seguintes perguntas após o verbo:

Observe este exemplo:

 

- Motoristas necessitam de sono.

- de quem? ou Preposição + quem?

- de que? ou Preposição + que?

- Motoristas necessitam de que?

 

Resposta: de sono.

 

Observação:

Não vem precedido de preposição o OBJETO INDIRETO representado pelos pronomes pessoais oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes, e pelo reflexivo se.

Exemplo:

 

- A vida por aquelas bandas me agradava mais.

 

Predicativos

O predicativo do sujeito e o predicativo do objeto são termos integrantes da oração, atuando como um complemento. Ambos têm como função atribuir uma característica a outro termo da oração.

Conforme o próprio nome indica:

 

Predicativo do sujeito - atribui uma característica ao sujeito

Exemplo com predicativo do sujeito:

- Ele é insuportável.

 

Insuportável = predicativo do sujeito

Quem é insuportável? Ele.

Ele = sujeito

 

Predicativo do objeto - atribui uma característica ao objeto (direto ou indireto).

Exemplo com predicativo do objeto:

- Eu chamei-o de insuportável.

 

Insuportável = predicativo do objeto

Quem é insuportável? o

O = objeto direto

 

2.        Complemento Nominal:

Pode ser representado por:

 

a) Substantivo (acompanhado ou não de seus modificadores): A notícia do rebate falso espalhou-se depressa.

b) Pronome: Teria nojo de mim?

c) Numeral: Foi ele o inventor das dez mais.

d) Palavra ou expressão substantivada: E você tem medo daquela maluca?

e) Oração: Tenho certeza de que gosta de mim.

 

Observações:

1ª. O COMPLEMENTO NOMINAL pode estar integrando o sujeito, o predicativo, o objeto direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto e o vocativo.

 

2ª. Convém ter presente que o nome cujo sentido o COMPLEMENTO NOMINAL integra corresponde, geralmente, a um verbo transitivo de radical semelhante: Amor da pátria, amar a pátria, ódio aos injustos, odiar os injustos.

 

3. Agente da Passiva:

É o complemento que, na voz passiva com auxiliar, designa o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito.

Este complemento verbal normalmente introduzido pela preposição por (ou pelo) e, algumas vezes, pode ser representado por:

 

a) Substantivo ou palavra substantivada: Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

b) Pronome: Foi cercado por todos.

c) Numeral: Tudo quanto os leitores sabem de um e de outro foi ali exposto por ambos.

d) Oração: O elenco era formado por quem soubesse ao menos ler as "partes", velhos, moços, crianças.

 

3.1. Transformação de Oração Ativa em Passiva

1ª. Quando uma oração contém um verbo constituído com objeto direto, ela pode assumir a forma passiva, mediante as seguintes transformações:

 

a) o objeto direto passa a ser sujeito;

b) o verbo passa à forma passiva analítica do mesmo tempo e modo;

c) sujeito converte-se em agente da passiva.

 

Tomando-se como exemplo a seguinte oração da VOZ ATIVA:

- A lua domina o mar.

 

Convertida na VOZ PASSIVA, teríamos:

- O mar é dominado pela lua.

 

2ª. Se numa oração da voz ativa o verbo estiver na 3ª pessoa do plural para indicar a indeterminação do sujeito, na transformação passiva cala-se o agente. Assim:

 

Voz Ativa e Voz Passiva

Destruíram o cartaz. O cartaz foi destruído.

Destruíram os cartazes. Os cartazes foram destruídos.

 

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TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

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São termos acessórios da oração os termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o significado, sendo eles:

ADJUNTO ADNOMINAL, ADJUNTO ADVERBIAL e o APOSTO.

 

Embora tragam um dado novo à oração, os TERMOS ACESSÓRIOS não são indispensáveis ao entendimento do enunciado. Daí a sua denominação. São TERMOS ACESSÓRIOS:

 

1. Adjunto Adnominal

É o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste. Pode vir expresso por:

 

a)    Adjetivo: A festa inaugural esteve animada.

b)   Locução Adjetiva: Tinha uma memória de prodígio.

c)    Artigo (definido ou indefinido): Cessaram as vozes.

d)   Pronome adjetivo: Sofia nunca lhe contou este meu palpite?

e)    Numeral: Os dois homens estavam fascinados.

f)    Oração: O caso que vos citei é expressivo.

 

 

2. Adjunto Adverbial

É o termo de valor adverbial que denota alguma circunstância do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo, ou de um advérbio. Pode vir representado por:

 

a)    Advérbio: Eu jamais tinha ouvido coisa igual.

b)   Locução ou expressão adverbial: De repente um carro começa a buzinar com força junto ao meu portão.

c)    Oração: Como eu achasse muito breve, explicou-se.

 

Classificação dos Adjuntos Adverbiais

É difícil enumerar todos os tipos de ADJUNTOS ADVERBIAIS. Muitas vezes, só em face do texto se pode propor uma classificação exata. Não obstante, convém conhecer os seguintes:

 

a)    DE CAUSA: O homem, por desejo de nutrição e de amor, produziu a evolução histórica da humanidade.

b)   DE COMPANHIA: Vivi com Daniel perto de dois anos.

c)    DE CONCESSÃO: Apesar de cansado, não sentia sono.

d)   DE DÚVIDA: Talvez a gente combine alguma coisa para amanhã.

e)    DE FIM: Volto daqui a meia hora, para o enterro.

f)     DE INSTRUMENTO: A pobre morria com o palmo e meio de aço enterrado no coração.

g)   DE INTENSIDADE: Temos mudado muito.

h)   DE LUGAR: A lama respinga por toda à parte.

i)     DE MATÉRIA: Os quintais são massas escuras de verdura.

j)     DE MEIO: Voltamos de bote para a ponta do Caju.

k)    DE MODO: A orquestra atacava de rijo.

l)     DE NEGAÇÃO: Não quero ouvir mais cantar.

m) DE TEMPO: Ontem Afonsina te escreveu.

 

3. Aposto

É o termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, a um pronome, ou a um equivalente destes, a título de explicação ou de apreciação.

 

Entre o APOSTO e o termo a que ele se refere há em geral pausa, marcada na escrita por vírgula, dois pontos, travessão.

Exemplos:

- Ela, Açucena, estava em seus olhos.

 

Mas pode também não haver pausa entre o APOSTO e a palavra principal, quando esta é um termo genérico, especificado ou individualizado pelo APOSTO.

Exemplos:

- A cidade de Teresópolis. O mês de junho. O poeta Bilac.

 

Este APOSTO, chamado DE ESPECIFICAÇÃO, não deve ser confundido com certas construções formalmente semelhantes, como:

- O clima de Teresópolis. As festas de junho.

 

Em que de Teresópolis e de junho equivalem a adjetivos (= teresopolitano e juninas) e funcionam, portanto, como ADJUNTOS ADNOMINAIS.

 

4. Vocativo:

Examinando estes versos:

- Deus te abençoe, minha filha.

- Ó lanchas, Deus vos leve pela mão!

Vemos que, neles, os termos minha filha e Ó lanchas não estão subordinados a nenhum outro termo da frase. Servem apenas para invocar, chamar ou nomear, com ênfase, uma pessoa.

A estes termos, de entoação exclamativos e isolados do resto da frase, dá-se o nome de VOCATIVO.